Depoimentos

DEPOIMENTOS

Conheci o PAE no segundo ano de faculdade, através do meu amigo João Paulo Goulart, que debatia comigo os temas que eram apresentados no grupo, e logo me fez o convite para participar de uma reunião. A identificação foi imediata, cativado pela abordagem prática que se dá aos problemas. Desse modo, passei a atuar tanto em pesquisas, como em estudos de casos, onde além de reunir uma grande quantidade de informações técnicas e participar da produção de um artigo publicado na Revista do Banco Central, foi possível aprender e colaborar com o aconselhamento de pessoas, principalmente ouvindo e entendendo seus medos e angústias causados pelo colapso financeiro iminente. A participação no Programa de Apoio ao Endividado, é a chance, como aluno, de poder observar a união e aplicação de diversos princípios e fundamentos jurídicos no mundo real, interferindo na vida das pessoas; além de raciocinar como o Direito pode amparar as pessoas à mercê do sistema de ofertas absurdas de crédito, armadilhas contratuais e procedimentos desproporcionais de execução, protegendo sua dignidade.
Taffael Pereira Marques
Membro do PAE desde 2018
Conheci o PAE por meio dos colegas de turma que já haviam participado e me interessei pelo tema trabalhado. Assim, quando entrei fui para a área de atendimentos e também fiz algumas apresentações na FAC, uma entidade parceira, entregando aos participantes as noções básicas sobre crédito e endividamento. Estar no PAE me ajudou a me relacionar melhor com o público, aumentou minha empatia aos atendidos, o que no direito é essencial, já que lidamos com os problemas das pessoas todos os dias. Aprendi a analisar melhor os documentos e criar uma visão mais crítica em relação as cláusulas ali postas.
clodo
Clodoaldo Gabriel Júnior
Membro do PAE desde 2018
Ouvi falar do PAE logo no primeiro semestre da faculdade, mas por receio de não saber o suficiente, e também pela falta de tempo, demorei para entrar para o grupo. No segundo semestre tentei participar, mas os horários ainda não eram compatíveis. Apenas no segundo ano, quando a professora Iara possibilitou a entrada no grupo através da disciplina laboratório é que pude participar de fato, e começar a me aprofundar no tema do crédito e endividamento. Durante a quarentena, pude ajudar na elaboração de posts, e na organização do V Simpósio de Crédito e Endividamento, que teve como tema o enfrentamento jurídico da pandemia no mundo. Agora, como extensionista, tenho me comprometido no estudo dos temas do grupo, e na elaboração do site do projeto (esse aqui mesmo). A participação no PAE possibilita a articulação entre os conhecimentos teóricos e práticos do curso, além de me ajudar a lançar um olhar mais humanizado sobre as questões com que o grupo trabalha.​
Uesley Cesar Santos de Oliveira
Membro do PAE desde 2020
A principal conclusão que cheguei neste projeto, isto é, a de que a dívida é o novo modo de escravidão moderna, será, receio, altamente desagradável para muitas pessoas. Entretanto, dificilmente alguém duvidaria de que o uso do cartão de crédito para compra de alimentos é amplamente difundido em nosso país. O espanto que senti ao me deparar pela primeira vez com uma pessoa com comprometimento de 90% de sua renda por dívidas, não podendo arcar minimamente com sua subsistência, nunca será esquecido, pois imediatamente surgiu esta reflexão em minha mente: A escravidão por dívida não foi extinta, evoluiu. Não há mais violência explícita, agora a violência é simbólica traçada a letras miúdas em contratos extensos e complexos. Como consequência temos uma endemia de endividamento. A média de endividamentos das famílias brasileiras no ano de 2020 foi de 66,5%, a maior média dos últimos 10 anos segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A gravidade do problema afirma a necessidade deste projeto. Minha formação em Direito confunde-se, desde o início, com a formação do Programa de Apoio ao Endividado (PAE). Inúmeras foram as palestras, entrevistas individuais, reuniões de grupo, simpósios, publicação em jornais, anais e revistas. Sinto-me grato por retribuir minimamente a sociedade pelo alto investimento feito em minha formação. Espero um dia ver este grupo em Brasília encabeçando as mudanças nas leis sobre o endividamento.
Erick Rocha
Turma VIII
Comecei a participar do grupo no segundo ano (2016), quando ainda estavam estruturando o projeto e as pesquisas iniciais estavam sendo elaboradas. À época o modelo pedagógico do curso era mais restritivo à experiência do direito nos primeiros anos de faculdade; assim, desejando um contato mais prático e que desse abertura a perguntas que muitas vezes não seriam abordadas em aula, participar do PAE pareceu um caminho natural na Cultura e Extensão. Posteriormente, fui bolsista do Programa por um ano e pude participar mais ativamente da organização das palestras, das pesquisas e do contato com o público. A perspectiva de atender à comunidade local parecia incrível e desafiadora e, sem dúvida, ajudou- me a amadurecer minhas críticas acerca do endividamento da população. Ao perceber de forma mais concreta as demandas que envolvem esse processo ficou mais fácil delimitar minhas áreas de interesse dentro do curso, de modo a contribuir para as novas experiências de estágio e de trabalho nos anos seguintes. O maior ganho pessoal ao participar do PAE foi o de desenvolver outras habilidades, como aprender a fazer pesquisa, descobrir aptidões sociais através do atendimento ao público e até a dar um propósito de contribuição social para a vivência da universidade pública.
Mariá Alescsa Tarifa Ruiz
Turma VIII